sábado, 17 de março de 2007

Vôo 8880

1° DIA

1 de agosto de 2005


Viajamos numa segunda-feira. Sábado teve Santa Teresa de portas abertas com direito a feijoada no Mineiro e muita cerveja o dia inteiro. Resultado: arrumei minha mochila numa ressaca braba, o que me deixou meio preocupada por certamente estar esquecendo alguma coisa.
Ainda era noite lá fora quando acordei pra ir pro aeroporto. Toca de ligar pras meninas e conferir se ninguém desligou o despertador e voltou a dormir. Passaporte? Passagens? Tudo aqui, partiu!
Tomamos um chá de cadeira no aeroporto sem grandes emoções. As meninas pediram pra embalar o mochilão com aquele plástico pra evitar de alguém abrir no caminho pro avião. Certíssimo. Só que o cara, num grande ato de esperteza, embalou tudo e não deixou as alças da mochila de fora. Ou seja, sobrou uma massa enorme e pesada pra elas carregarem nos braços, como um bebê gigante. Após o chek-in, aquela espera interminável pra entrar no avião.

Nosso vôo saiu na hora. Na hora do café da manhã. Que depois virou na hora do almoço. E nada da varig amiga servir comida pra gente. Pra completar, tivemos que mudar de avião em São Paulo. Uma confusão só. Quando decolamos, enfim, rumo à Bolívia, a fome já tomava conta do meu estômago e de todos os meus pensamentos. Como eu fui a única que não embalei minha mochila, acabei fazendo o chek-in antes e me botaram numa poltrona lá na frente, longe das meninas. O sono ia batendo, mas o medo de apagar e não ver a aeromoça passar com comida foi me deixando tensa. Era olho fechando, estômago roncando... “dorme que a fome passa... passa a fome e o carrinho com as comidas... Acorda!!!”

Almoço servido, tudo de volta à normalidade. Chegamos em La Paz dentro do horário. Aproveitamos pra trocar um pouco de dinheiro lá mesmo no aeroporto e pegamos um táxi rumo ao hotel. O taxista Mario ainda tentou colocar a gente no Hotel Continental, provavelmente pra ganhar um extra, mas cobraram U$40 pila num quarto pra dois. Oi? Vambora, Mario! Fomos para no Hotel Sagárnaga, que era a nossa opção inicial antes do Mario dar uma de malandro, e conseguimos um quarto pra nós quatro por U$40. Beleza, 10 por cabeça em La Paz é aceitável. Até porque por lá não temos assim tantas boas opções.

Saímos pra dar uma volta e conhecer um pouco de La Paz. A cidade é encantadoramente bagunçada, barulhenta e colorida! Diferente de tudo! Ao longo da Calle Sagárnaga e da Calle Illampu lojinhas e mais lojinhas. Artesanato, prata, feto de lhama empalhado...tem de tudo! Mas o corpo já começa a dar sinais que está sentindo a altitude. Melhor voltar pro hotel, tomar um banho e descansar!

Essa noite, comemos numa pequena lanchonete em frente ao hotel. Rolou um pressentimento forte de que aqui a alimentação não vai ser das melhores...

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HOTEL SAGÁRNAGA

Calle Sagárnaga
Quarto pra 4 pessoas /c banheiro e água quente = U$ 40


Câmbio (ago/2005): U$ 1 = 8 bol
Táxi do aeroporto pro Hotel = 40 bol
Água mineral = 5 bol
Pingente de prata + gorro típico = 50 bol (nunca deixem de barganhar!)


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