domingo, 18 de março de 2007

Isla del Pescado e Hotel de Sal

Próxima parada: Isla del Pescado. Uma ilha de pedra e cactos gigantes no meio do deserto. Paga-se um valor simbólico pra entrar, porque lá rola uma infra-estrutura de banheiro e mesas pra galera comer. Todos os carros que estão fazendo o tour param por lá para os turistas comerem. O Matteo começou a preparar o nosso almoço e pediu pra gente dar uma volta. Não pensei duas vezes antes de sair de perto, melhor não ver nada!! Sentamos pra comer pouco depois. Cardápio do dia: Arroz, tomate, pepino e atum (sim, atum enlatado). E é isso. Fiquei com pena do Pierre, ter que comer aquele almocinho light depois de horas de viagem. Apesar da comidinha sem graça, comer ao ar livre, no meio do deserto, numa adorável mesinha de pedra e cercada por pessoas do mundo inteiro compensava qualquer falta de sabor na refeição. De sobremesa: banana!

Chegamos no hotel de sal por volta das cinco horas. Fizemos questão que o nosso tour incluísse o pernoite lá, porque têm muitas agências que hospedam os turistas num hotelzinho comum no deserto. Nem sei se o hotel é bom ou não. O que importa é que o hotel de sal é um charme! Levei um susto quando entrei, porque esperava outra coisa totalmente diferente. Logo na entrada, mesinhas com velas e toalhas coloridas. No quarto, duas camas super confortáveis e uma mesinha. Tudo de sal, claro. Como eu sei que não estavam me enganando?? Eu provei, lógico!!

Conseguimos tomar banho quente no banheiro comunitário do hotel. A melhor coisa que fizemos foi ter ido logo pro banho, porque mais tarde aquilo ficou uma imundície só, com um bando de gringo mal educado fazendo bagunça no banheiro. E como o baño é unisex, rola aquela ginástica pra vestir a roupa no box sem molhar a roupa inteira, secar um pé sem molhar o outro já seco...

Resolvi dar uma volta no vilarejo com a Isa. A "cidade" se resumia numa ruela com meia dúzia de casinhas e uma igreja na praça ao final da rua. E do vilarejo, claro. O hotel é bem quentinho, mas fazia um frio terrível lá fora. Como estamos no meio do deserto, o vento vem com tudo e congela bochechas, nariz e qualquer outra parte do corpo que esteja de fora. Decidimos voltar pro jantar.

A comida foi servida nas mesonas do hotel, a turistada toda junta à luz de velas esperando o banquete. Era engraçado ver que cada motorista (agora no papel de cozinheiro) servia uma comida diferente, mas a nossa não deixava muito a desejar pros outros grupos. De entrada, a já habitual sopa de quínua. Repeti o prato porque estava uma delícia e eu, faminta como sempre. Eu, Isa e Iraman resolvemos pedir um vinho pra acompanhar aquela noite maravilhosa. A Bella ainda não estava se sentindo muito bem e preferiu não arriscar. Depois da sopa, Matteo serviu arroz, salada e...carne de lhama! Eba! Que bom que eu não como carne!! As meninas fizeram cara feia pro prato, afinal, era carne das fofíssimas lhamas!! Mas acho que meu estômago me boicotaria pro resto da viagem se eu não comesse logo, porque a sopa só tinha servido pra aumentar meu apetite. Resolvi encarar a carne e acalmar minha fome. Bom, pra quem não curte carne como eu, deu pro gasto. Pros carnívoros, acho que não seria nada mal. Só achei a carne meio dura, mas com aquele gosto que toda carne tem...

A noite terminou do jeito que começou: perfeita! A cama era uma delícia e eu apaguei assim que deitei e dormi neném até o dia seguinte!!

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