quarta-feira, 28 de março de 2007

Isla del Sol

10° dia

NO BALANÇO DO...LAGO!

Tivemos que acordar cedinho por conta do nosso passeio à Isla del Sol, e o resultado catastrófico da noite anterior já se fez notar ao abrir dos olhos. Eu acordei sem saber onde estavam os vouchers do passeio que havíamos comprado na véspera, Iraman sem saber onde estava com a cabeça pra dormir apenas de calcinha e sutiã num frio daqueles, e Isa, bem, acho que a Isa sequer sabia onde estava.

Subimos pro café-da-manhã com uma certa ansiedade. Havíamos lido na véspera o cardápio e a oferta parecia bastante animadora. Só que o tal "desayuno americano" não tinha nada de diferente de todos os outros que já tínhamos comido a não ser por um ovinho sem sal.

Nos arrastamos até o porto e embarcamos num simpático barquinho juntamente com outros tantos turistas (todos com a aparência bem melhor que a nossa naquele momento). O balanço do mar (ou melhor, do lago! - não adianta, não parece que estamos num lago...) fez parecer que nosso destino era o Japão. A ilha não chegava nunca! Cada uma se ajeitou como pode nos desconfortáveis banquinhos e tiramos um cochilo atrapalhado até chegar.

A Isla del Sol é surpreendentemente linda! Já esperava ruínas, trilhas, mas nunca praias tão incríveis quanto as que vimos por lá. Por uma hora andamos na companhia de um guia que ia nos contando a história da ilha e todo o seu significado espiritual e religioso para os índios aymarás, tiwanacos e, mais tarde, os Incas, que acreditavam ser ali o berço do Pai Sol.

Depois de ver as ruínas, mas ainda sofrendo os efeitos do álcool no corpo, decidimos seguir o caminho e cruzar a ilha até a outra extremidade, onde estaria nos esperando o nosso barco. A trilha dura em torno de quatro horas repleta de subidas intermináveis e cansativas, mas é a paisagem e a paz do lugar que tiram o fôlego dos turistas que se aventuram por lá. Cansou? Nada melhor do que sentar, curtir a vista e tirar umas fotos.

Chegando ao lado sul da ilha já bem cansadas, lá estava nosso barco. Esperamos um bom tempo pra sair a espera do restante dos turistas. Muita gente prefere dormir por lá e só voltar no dia seguinte. Confesso que invejei essas pessoas. A Isla del Sol pede a vista de um pôr do sol, que tivemos que conferir, infelizmente, na volta a Copacabana.

A fome era gigante quando pisamos em terra firme outra vez. Na preguiça de procurar e na pressa de comer, calhamos no mesmo restaurante da noite anterior. Só pra mudar um pouco (porque a truta da véspera estava mesmo deliciosa) pedi um macarrão ao pesto, que mesmo muito bom, me trouxe de volta o enjôo daquela manhã. Logo, a volta para o hotel pedia um cochilo profundo e restaurador antes do banho quente da noite, que aliás, virou missão impossível no hotel. Mas até que um banho gelado me fez bem, e lá estava eu pronta pra próxima!!

Paramos num cyber café charmosíssimo, com mesa de sinuca, filmes, bar e tudo mais. Como o lugar já estava fechando, nos mudamos para um bar do outro lado da rua e, sem ligar pra ressaca, pedimos logo uma cerveja. Decidimos entrar no clima mexicano do lugar e pedimos um taco extremamente apimentado, sem lembrar que a descarga do nosso hotel não era lá muito confiável...

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