domingo, 15 de abril de 2007

Machu Picchu

A partir de Inti Punko, ainda encaramos uns quarenta minutos de descida até chegar definitivamente à cidade sagrada de Machu Picchu. O sítio ainda estava bastante vazio àquela hora, o que faz valer muito a pena acordar antes das cinco da manhã. Pela entrada principal já começavam a chegar os turistas que vêm de trem num rápido trajeto Cusco - Machu Picchu. Confesso que vendo aquelas pessoas chegarem arrumadas, descansadas e cheirosinhas, me senti de certa forma superior e gratificada pela experiência maravilhosa que estava vivendo, mesmo que àquela altura já estivesse exausta, imunda e cheirando a baby wipes. Nós havíamos conquistado Machu Picchu. E éramos só felicidade.

O tour pelo sítio foi liderado pela Mabi, que ia nos explicando cada pedra, cada esquina, cada monumento por onde passávamos. Aos poucos, o lugar foi enchendo e tirar fotos sem a presença de um alemão, japonês ou americano em quadro virou um desafio. Ao longo de toda a manhã percorremos corredores e escadarias ouvindo as histórias fascinantes do império inca e daquela cidade escondida na floresta tropical. Quando redescoberta em 1911 Machu Picchu ainda era a residência de duas família de pastores, embora a maior parte das ruínas já estivesse coberta pela vegetação. Depois das escavações, muros e paredes foram reconstruídos (mas não com a perfeição original, acredite) e os objetos encontrados levados para museus.

No fim da manhã, Mabi seguiu para Águas Calientes e nós tentamos continuar nossa visita, o que não durou muito, pois as escadarias já haviam se tornado um grande obstáculo para nossas pernas exaustas e estômagos famintos. Paramos pra comer na lanchonete que existe na entrada principal. Os turistas que chegavam àquela hora, barulhentos e atrasados, davam um ar de Disneylândia àquela parte do parque e, apesar do cansaço, voltamos às ruínas para deixar tanta confusão para trás. Passamos uns quarenta minutos sentadas nos terraços de onde se tem uma vista única de toda a cidade. Deitada ali, vivi o momento mais memorável da minha viagem e, por que não, da minha vida.

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