sábado, 30 de maio de 2009

Imprevistos são sempre previstos...

24° dia

Os exageros da noite anterior atrapalharam nosso planos pro dia de hoje. Depois de muita dança e alguns Pisco Sour a mais, Iraman acordou com o tornozelo muito inchado por conta da queda em Ollantaytambo. Achamos por bem levá-la ao hospital. Algumas ligações para seguradora que cuidou do nosso seguro de viagem e já estávamos num táxi a caminho do hospital mais próximo. Lembrando que, em Cusco, andar de táxi já é uma aventura em si.

Chegamos vivas ao hospital, mas ainda tínhamos outro desafio pela frente: tentar não levar uma volta da atendente da clínica. Por incrível que pareça, até lá tentaram passar a perna na gente. Mas nada que mais algumas ligações pro Brasil não resolvesse. Passada a revolta inicial, até que fomos bem atendidas dali em diante. Tive que acompanhar a Iraman na consulta para tentar ajudar na comunicação com o médico com todo meu espanhol recém aprendido no CCAA. Até que deu pro gasto. Por sorte não havia acontecido nada de muito grave, mas os antiinflamatórios e afins receitados pelo médico fizeram um rombo no já curtíssimo orçamento da viagem.

Nosso orçamento é uma história a parte que eu estava evitando contar neste blog. Mas agora penso que o nosso (mau) exemplo pode acabar ajudando alguns viajantes. Aconteceu que, por conta de alguns imprevistos com o banco, não consegui levar meu cartão de crédito nesta viagem. E eu seria a única a levar o cartão, visto que as meninas, na época, não tinham um em mãos. Com isso, estávamos todas apenas com dinheiro vivo. E por conta de imprevistos, pequenas mudanças de planos e alguns gastos extras (leia-se artesanatos, comida e muito Pisco Sour) o dinheiro foi acabando e a falta de verba se tornou o grande problema do final da nossa viagem. Por isso, nunca mais na minha vida viajei sem cartão de crédito. Por mais que o plano seja fazer um roteiro barato, o cartão é a garantia de que certas emergências serão sanadas a tempo e sem maiores dores de cabeça (só na hora de voltar pra casa e pagar a fatura...).

Como a grana ficou curta, acabamos excluindo Nasca do nosso roteiro e ficando muitos dias extras em Cusco. Por sorte, não faltam coisas pra se fazer na cidade, então a troca não foi de todo mal. Tomar uma cusqueña na varanda de algum bar da Plaza de Armas é um programa irrecusável. E já que a Iraman tinha recebido a recomendação médica de andar o mínimo possível, foi exatamente o que a gente fez: procuramos o pub mais convidativo e curtimos o agradável fim de tarde de Cusco.

À noite tínhamos combinado de encontrar com o Geraldo, um pernambucano que conhecemos no passeio ao Valle Sagrado. A idéia era curtir a inauguração de um bar perto do nosso hotel, pra qual tínhamos sido especialmente convidadas na véspera. Uma festinha VIP alto nível, o que pra gente significava menos dindin pra torrar à noite. Parecia a opção perfeita! Mas é claro que não foi... Não só não era bocada alguma, como tudo no bar era extremamente caro! Muitas gargalhadas depois, fomos atrás dos nossos queridos free drinks nas boates da Plaza de Armas que era mais seguro... e mais barato. Com o dinheiro contadinho em mãos, preferimos deixar a verba para a noite seguinte, a nossa última em Cusco.

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